16.2.09

Meme - livro mais próximo / Resposta para William Lial.

o livro é de Charles Baudelaire - "as flores do mal"





"Ao assalto me lanço e agito-me na liça
Como um coro de vermes juntos a uma carniça,
E adoro, ó fera desumana e pertinaz
Até essa algidez que mais bela te faz! "

10.2.09

top 1 livros:

alan watts - o espírito do zen.

alan watts (1915-1973) nasceu na inglaterra, filósofo, escritor e estudioso de religiões, inspirou o personagem Japby Rider do romance Vagabundos Iluminados, de Jack Kerouac. Foi um dos grandes responsáveis pela divulgação das filosofias orientais no ocidente no século XX.

8.2.09

Dustin O´halloran "prelude 2" vídeo ( woof´s rain ending)

-keep writing!, something sad:
-don´t let it die.

theses days with the help of a special music from Dustin O´halloran called "prelude 2"
im feeling kind as different as before
it´s magical how music can open doors in your mind/heart/soul and change things
in such a way that music can be the only trustuble true in the hole universe.
watching the vídeo from Dustin O´halloran few minutes before, i felt like the wolf
walking, then he started to run always faster and faster into something, maybe himself, maybe searching for that light yeah! that light that leads to a higher plan (....)






dustin O´holloran - prelude 2 - wolf´s rain ending:

http://www.youtube.com/watch?v=euRWeb58hMo&feature=PlayList&p=A70D893FCDD3FAB5&index=4&playnext=5&playnext_from=PL

7.2.09

the judgement (...)

-they read the bad old books
the music, and we can put the films as well .
she said

-but who can judge that? you? me? them? i don´t think so
the only free way to the mind is not to judge things
he said


- these are the days my friend! and only the days nothing else.
but days, meaning of life/world..
who can say that? neither me, neither you, neither nothing or everything
it´s only judgement
he said.


these are the days (...)




moonlight piano sonata - beethoven
top 2 livros:

almas mortas - nikolai gógol
sentido da vida - kierkegaard

S.K

Soren Kierkegaard é o principal representante do irracionalismo, corrente filosófica do século 19 que criticou a supremacia da Razão – tão exaltada por Hegel. É verdade que essa corrente filosófica não faz muito sucesso em sua época, no contexto do pós-positivismo. Kierkegaard desenvolve sua filosofia, de cunho existencialista e, por assim dizer, religioso, sem rigor filosófico e desprendido de método. Sua proposta é que cada um viva sua verdade para si. Seu pensamento muito influenciará Heidegger. Kierkegaard nasceu em Copenhague em 1813, filho de protestantes fervorosos, teve educação religiosa desde cedo e aprendeu, muito piedosamente, que a fé era um valor imprescindível e uma dádiva fundamental.Kierkegaard se preocupa com a seguinte questão: como se dá à relação entre os homens e Deus? Ou, como o Homem se relaciona consigo mesmo, com o mundo e com Deus? As respostas para esses questionamentos estão na sua experiência: seus livros revelam os estágios vividos por ele: a estética, onde se entrega aos prazeres depois de se decepcionar com o sentido do pecado; a ética quando percebe que no mundo há sofrimentos interiores e exteriores que se confrontam e ao constatar que algumas normas éticas restringem a liberdade; a religiosa, quando experimenta a relação entre interior e exterior dando um salto no vazio e encontrando-se com o transcendente.É verdade que Kierkegaard apelou ao cristianismo, mais precisamente à teologia protestante, para compreender o ser do Homem. Exalta a fé e desarticula as certezas da razão. Alem disso, esse filósofo rejeita a “eternização” que as idéias de Hegel induzem-nos no campo filosófico. Segundo ele, o pensamento Abstrato deixa de fora a existência, que consiste num modo de ser do homem. Entendamos alguns conceitos fundamentais de Kierkegaard:Homem: por natureza é um desesperado. Ele é a síntese entre o finito e o infinito. É algo concreto, temporal, mas que está em devir, situado na existência. O homem não está pronto. Ele, por meio de suas escolhas, se faz a cada instante. (Heidegger: projeto projetado). Para Kierkegaard a existência e o movimento não podem ser pensados.Angústia: é uma antipatia simpatizante e, ao mesmo tempo, antipática. É um sentimento de inquietude que está presente na livre opção. Ironia: atitude crítica frente a toda conceituação ideológica. Ela é um modo de duvidar.Humor: é um estado subjetivo de quem desarticula toda justificação conceitual e chega à liberação interior intensa.Existência: Síntese do eterno e do temporal ou, como já dissemos, do finito e do infinito. É abertura que não é passível de conceituação, pois não é objeto do saber. Ela escapa ao conhecimento.Dimensões/fases da Existência Humana Estética: deleita-se na questão do prazer. A obra em que o autor trata do tema especificamente é “Diário de um Sedutor”, onde se valorizam a poesia, a estética e a arte. Kierkegaard toca no tema do prazer numa época em que há repressões e falta de conhecimento. Para ele o prazer é um produto de uma opção de vida, por isso carece qualidades estéticas, pois “sob o céu da estética tudo é leve, belo e fugitivo, mas assim que a ética entra no assunto tudo se torna duro e infinitamente fatigoso”. (Kierkegaard) Isso acontece porque a estética pressupõe admiração e sedução, por isso é difícil fazer juízo ético. Esse campo é fadigoso.Ética: trata do tema da liberdade na obra específica “O Desespero Humano”. Como é sabido, a ética se alicerça no dever, mas sabemos também que as normas impedem o ato da liberdade. Lembremos que o desespero, para Kierkegaard, é a característica fundamental do ser humano. Isso acontece porque o homem deve escolher a si mesmo, na precariedade da vida. Neste sentido, a doença mortal (pecado) é o desespero, que possui três níveis: universal, mortal, personificação.Neste item também é importante mencionar que a felicidade, para este filósofo existencialista, não se encontra no prazer. Ela é uma miragem, busca de um bem durável.Religiosa: trata da questão da fé, na obra “Temor e Tremor”. A esfera religiosa tem como mola a paixão. Paixão da fé – que possibilita ao homem tomar consciência de si – onde mora a dor e a angústia.

Em um dos mundos(..)

ontem as lágrimas caiam
mas não caiam por desafetos de vida
chorava-se assim como quem ri e faz de si espectador de sua própria plateia
o seu e tão recluso pranto.
tão profundo que ali ecoava-se apenas o silêncio, sim, o silêncio de um pranto.
de muitos que carregava na estrada da memória, percebeu que ali seria um de seus últimos
como se não coubessem mais as palavras na alma
como se já não as possuísse, sendo assim, o pranto se tornou outro
outro alguém, não pertencente ao plano real
e sim a algo, apenas algo

perdido em um.

um dos mundos(...)

3.2.09

23janeiro,27jan,30jan 2fev - para aquarianos.

"ANIVERSÁRIO
No tempo em que festejavam o dia dos meus anos,Eu era feliz e ninguém estava morto.Na casa antiga, até eu fazer anos era uma tradição de há séculos,E a alegria de todos, e a minha, estava certa com uma religião qualquer.
No tempo em que festejavam o dia dos meus anos,Eu tinha a grande saúde de não perceber coisa nenhuma,De ser inteligente para entre a família,E de não ter as esperanças que os outros tinham por mim.Quando vim a ter esperanças, já não sabia ter esperanças.Quando vim a olhar para a vida, perdera o sentido da vida.
Sim, o que fui de suposto a mim-mesmo,O que fui de coração e parentesco.O que fui de serões de meia-província,O que fui de amarem-me e eu ser menino,O que fui --- ai, meu Deus!, o que só hoje sei que fui...A que distância!...(Nem o acho...)O tempo em que festejavam o dia dos meus anos!
O que eu sou hoje é como a umidade no corredor do fim da casa,Pondo grelado nas paredes...O que eu sou hoje (e a casa dos que me amaram treme através das minhas lágrimas),O que eu sou hoje é terem vendido a casa,É terem morrido todos,É estar eu sobrevivente a mim-mesmo como um fósforo frio...
No tempo em que festejavam o dia dos meus anos...Que meu amor, como uma pessoa, esse tempo!Desejo físico da alma de se encontrar ali outra vez,Por uma viagem metafísica e carnal,Com uma dualidade de eu para mim...Comer o passado como pão de fome, sem tempo de manteiga nos dentes!
Vejo tudo outra vez com uma nitidez que me cega para o que há aqui...A mesa posta com mais lugares, com melhores desenhos na loiça,com mais copos,O aparador com muitas coisas — doces, frutas o resto na sombra debaixo do alçado---,As tias velhas, os primos diferentes, e tudo era por minha causa, No tempo em que festejavam o dia dos meus anos...
Pára, meu coração!Não penses! Deixa o pensar na cabeça!Ó meu Deus, meu Deus, meu Deus!Hoje já não faço anos.Duro.Somam-se-me dias.Serei velho quando o for.Mais nada.Raiva de não ter trazido o passado roubado na algibeira!...
O tempo em que festejavam o dia dos meus anos!... "

Álvaro de Campos, 15-10-1929
"Assim como falham as palavras quando querem exprimir qualquer pensamento,Assim falham os pensamentos quando querem exprimir qualquer realidade.
Mas, como a realidade pensada não é a dita mas a pensada,Assim a mesma dita realidade existe, não o ser pensada.Assim tudo o que existe, simplesmente existe.O resto é uma espécie de sono que temos,Uma velhice que nos acompanha desde a infância da doença. "


Alberto Caeiro, 1-10-1917
"Sonhei, confuso, e o sono foi disperso,Mas, quando dispertei da confusão,Vi que esta vida aqui e este universoNão são mais claros do que os sonhos são
Obscura luz paira onde estou conversoA esta realidade da ilusãoSe fecho os olhos, sou de novo imersoNaquelas sombras que há na escuridão.
Escuro, escuro, tudo, em sonho ou vida,É a mesma mistura de entre-seresOu na noite, ou ao dia transferida.
Nada é real, nada em seus vãos moveresPertence a uma forma definida,Rastro visto de coisa só ouvida. "

Fernando Pessoa, 28-9-1933.

1.2.09

top 3: melhores filmes do mês- cinemas fortaleza-ce

ninho vazio
fatal
curioso caso de benjamin bratt