12.5.08

vários /poucos










vários

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Poucos


(silêncio)











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"não é necessário ser forte, mas se sentir forte"

(Christopher McCandless - )


Christopher J. McCandless (12 de fevereiro de 1968 - agosto de 1992) foi um viajante americano que morreu perto do Parque Nacional Denali depois de caminhar sozinho na selva alasquiana com pouca comida e equipamento. O autor Jon Krakauer escreveu um livro sobre a sua vida, Into the Wild, publicado em 1996, que em 2007 foi adaptado em filme dirigido por Sean Penn, Into the Wild, com Emile Hirsch como Christopher McCandless.

McCandless cresceu em Annandale, Virginia. O seu pai, Walt McCandless, trabalhou para a NASA como um especialista em antenas. A sua mãe, Wilhelmina "Billie" Johnson, foi secretária do pai de Chris e depois ajudou Walt a fundar e dirigir uma bem sucedida empresa de consultoria.

Desde da infância os seus professores notaram que Chris era extraordinariamente enérgico. Conforme cresceu, ele uniu isso a um intenso idealismo e resistência física. Na escola, ele foi o capitão da equipa de cross-country onde ele estimulava os seus companheiros a considerarem a corrida como um exercício espiritual no qual eles estavam "a correr contra as forças da escuridão... todo o mal do mundo, todo o ódio."

Ele graduou-se no W.T Woodson High School em 1986 e na Emory University em 1990, especializando-se em história e antropologia. O facto de vir da classe média alta e ter sucesso acadêmico escondeu um crescente desprezo para o que ele via como o materialismo vazio da sociedade americana. Os trabalhos de Jack London, Leo Tolstoy e Henry David Thoreau tiveram uma grande influência sobre McCandless, e ele sonhava em deixar a sociedade para um período thoreauniano de contemplação solitária.

Depois de se graduar em Emory em 1990, ele doou todas as suas economias $24.000, como caridade para Oxfam International e começou a viajar pelo país, usando o nome "Alexander Supertramp." McCandless fez a sua rota pelo Arizona, Califórnia, e Dakota do Sul, onde ele trabalhou numa máquina elevatória de grãos. McCandless alternou entre períodos relativamente fixos, nos quais ele foi bastante gregário e freqüentemente trabalhou num emprego, e passou tempos a viver sem dinheiro e pouco ou nenhum contacto humano, às vezes conseguindo comida com sucesso na selva. Ele sobreviveu a diversas provações perigosas durante estes períodos selvagens, como perder o carro na enchente relâmpago e fazer canoagem sozinho descendo rápidos remotos do rio e ao longo do Golfo da Califórnia. McCandless obteve orgulho em sobreviver com o mínimo dos equipamentos e fundos, e geralmente fez pouca preparação para as suas expedições.

McCandless sonhou com uma "Odisséia Alasquiana" durante anos: ele viveria livremente na região, muito distante da civilização, e manteria um diário descrevendo seu progresso físico e espiritual conforme encarasse as forças da natureza. Em abril de 1992 McCandless teve sucesso em viajar pedindo boleia até Fairbanks, Alasca. Ele foi visto vivo pela última vez por James Gallien, que lhe deu uma boleia de Fairbanks até Stampede Trail. Gallien ficou interessado por "Alex", que tinha pouco equipamento e nenhuma experiência na mata alasquiana. Gallien tentou convencer "Alex" a adiar sua viagem e ainda ofereceu boleia para ele até o ancoradouro para comprar equipamento adequado. McCandless recusou toda assistência excepto um par de botas de borracha, duas latas de atum e um saco de salgadinhos.

Após machar a Stampede Trail McCandless achou um autocarro (ônibus) abandonado, e usou este como um escudo de caça deixado numa região coberta de vegetação da trilha perto do Parque Nacional Denali e começou a sua tentativa de viver livremente na região. Ele carregou para o autocarro (ônibus) um saco de 5 kg de arroz, uma espingarda de calibre 22, muita munição, um livro da vida das plantas locais, entre outros livros, e algum equipamento de camping. Ele assumiu que poderia colher plantas e caçar pássaros. Apesar de sua inexperiência como caçador, McCandless pegou algumas pequenas caças, pássaros e um alce. Entretanto, suas tentativas de preservar a carne falharam.

O seu diário contém registos cobrindo um total de 113 dias diferentes. Esses registos cobrem do eufórico até o horrível, com a mudança de sorte de McCandless. Depois de viver com sucesso no autocarro (ônibus) por diversos meses, Chris decidiu sair, mas encontrou o trilho de volta bloqueado pelo Rio Teklanika, que tinha inundado consideravelmente mais em abril.

Em 6 de setembro de 1992, dois trilheiros e um grupo de caçadores de alce acharam esta mensagem na porta do autocarro (ônibus):

"S.O.S. Eu preciso da sua ajuda. Estou aleijado, quase morto e fraco demais para sair daqui. Estou totalmente só, não estou a brincar. Por amor de Deus, por favor, continuem a tentar salvar-me. Estou lá fora a apanhar frutas nas proximidades e devo voltar esta noite. Obrigado, Chris McCandless. Agosto?"

O seu corpo foi achado no seu saco de cama dentro do autocarro (ônibus). Ele encontrava-se morto há mais de duas semanas. A causa oficial da morte foi fome. Jon Krakauer acredita que McCandless morreu por ingerir sementes de batata selvagem (Hedysarum alpinum), que McCandless mencionou nos seus registos, sendo os efeitos desta devastos para o organismo humano.

Essa espécie de batata não é considerada venenosa — a sua raiz é comestível, mas há evidência de que suas sementes contêm um alcalóide que interfere no metabolismo da glicose pelo organismo. Entretanto, Dr. Thomas Clausen da Universidade do Fairbanks no Alasca conduziu testes extensivos nas sementes encontradas no acampamento de McCandless e constatou que não continham toxinas ou alcalóides. (Note que esta é a teoria que Krakauer apresenta no seu livro sobre McCandless, e difere da teoria anterior que ele relatou no seu artigo da revista Outside, envolvendo outra planta, Hedysarum boreale mackenzii, uma ervilha de cheiro semelhate à batata selvagem e conhecida por ser venenosa.)

Na edição mais recente do seu livro, Krakauer modificou subtilmente a sua teoria com respeito à causa de morte de McCandless. Ele acredita que as sementes da batata selvagem encontravam-se com mofo e foi este o agente que contribuiu para sua toxicidade.

O livro de Krakauer fez de McCandless uma figura heróica para muitos. Em 2002, o autocarro (ônibus) abandonado em Stampede Trail onde McCandless acampou tornou-se um ponto turístico de aventura. O filme de Sean Penn Into the Wilde, baseado no livro de Jon Krakauer, lançado em setembro de 2007 foi bem recebido pela crítica, incluindo quatro estrelas de diversos grandes críticos como Roger Ebert. Em 21 de outubro de 2007 o filme tinha 81% de avaliação 'fresca' na crítica de filmes do banco de dados do Tomates Podres. Um filme documentário sobre a viagem de McCandless feito pelo produtor de filmes independente Ron Lamothe, The Call of the Wild, também deve ser lançado em 2007. A história de McCandless também inspirou um episódio da série de TV Millenium e canções populares do cantor Ellis Paul, Eddie From Ohio e Harrod and Funck.

Diferente de Krakauer e muitos leitores de seu livro, que possuem em grande medida uma visão simpática de McCandless, alguns alasquianos possuem uma opinão negativa tanto de McCandless e daqueles que romantizam a sua morte. McCandless estava inconsciente de que vagões operados manualmente cruzavam o rio a 400 metros do Stampede Trail, enquanto um abrigo nas redondezas estava abastecido com alimentos de emergência, como descrito no livro de Krakauer. O guarda-florestal do Parque Alasquiano Peter Christian escreveu: "Eu estou exposto continuamente ao que chamo de 'fenômeno McCandless'. Pessoas, quase sempre homens jovens, vêm ao Alasca para se desafiarem contra um implacável cenário selvagem onde oportunidade de acesso e possibilidade de resgate são praticamente inexistentes... quando você considera McCandless da minha perspectiva, você apercebe-se que o que ele fez não foi particularmente corajoso, apenas estúpido, trágico e inconsciente. Primeiro de tudo, ele gastou muito pouco tempo a aprender como realmente se vive na selva. Ele chegou em Stampede Trail sem um mapa da região. Se ele tivesse um bom mapa ele poderia ter saído daquela situação difícil... Basicamente, Chriss McCandless cometeu suicídio."

Judith Kleinfeld escreveu no Notícias Diárias do Ancoradouro que "muitos alasquenses reagiram com raiva a essa estupidez apelidada por muitos de "aventura". Tem-se que ser um completo idiota, para morrer de fome no verão a 30 km de distância da estrada do parque, disseram eles." Será? (wikipédia)


adaptação para filme: natureza selvagem 2007


Há, na trajetória do jovem Christopher McCandless, um belo documentário em potencial para o cineasta Werner Herzog, que certamente enterraria os dentes sem dó na jornada do rapaz, que traz várias similaridades com seu magnífico O Homem-Urso: assim como Timothy Treadwell, McCandless se afasta voluntariamente do convívio em sociedade, trocando a Humanidade pela Natureza somente para ser derrotado impiedosamente por esta. A diferença, claro, é que (citando Lord Byron) Christopher “não ama menos o Homem; mas mais a Natureza”, ao passo que Treadwell era anti-social por definição.



Adaptado a partir da biografia escrita pelo talentoso Jon Krakauer, o roteiro do diretor Sean Penn enxerga seu protagonista como um jovem extremamente sensível cujos olhos se enchem d’água apenas com a visão dos animais em seu habitat. Abandonando seus pais e a irmã depois de se formar, McCandless parte numa viagem sem rumo através dos Estados Unidos com o propósito não muito bem definido de viver uma experiência autêntica de auto-descoberta – e, no processo, se relaciona com todo tipo de indivíduo que cruza seu caminho, demonstrando, assim, um interesse genuíno em estabelecer ligações interpessoais que o ajudem a crescer (outra diferença importante com relação a Treadwell).



Sem tentar se convencer de que tem algum tipo de “missão” grandiosa (como proteger os ursos ou o Alasca), McCandless está – embora não o admita - simplesmente fugindo de seu passado – e seu propósito não declarado (aliás, inconsciente) é encontrar alguma forma de preencher o vazio interior deixado pela relação conturbada com os pais. E, ao contrário do “Homem-Urso” de Herzog, o rapaz não revela uma desejo inconsciente de cometer suicídio; buscar o perigo não era sua intenção, embora sua falta de preparo para lidar com as circunstâncias nas quais se meteu revele uma trágica e fatal imaturidade. Ao procurar uma existência frugal que talvez o completasse como ser humano, McCandless descobriu principalmente o lado impiedoso da Natureza que julgava benevolente – e é uma triste ironia que, no fim, ele tenha buscado um frágil abrigo justamente num símbolo da vida urbana: um ônibus.



Jamais encarando Christopher de maneira romantizada (uma das inúmeras virtudes deste Na Natureza Selvagem), o roteiro de Penn não hesita em ilustrar as facetas mais cruéis e egoístas do rapaz: embora seus pais estivessem longe de representar um exemplo de boa criação, é inegável que a reação de McCandless é tão ou mais cruel do que os erros cometidos pelos parentes – e deixá-los sem notícias suas por anos é algo que, como pai, considero absolutamente imperdoável. Além disso, embora se julgue superior ao materialismo de seu pai, o jovem demonstra sua própria futilidade ao queimar o dinheiro que possui, dando mais importância ao simbolismo de seu gesto (relevante apenas para si mesmo) do que às considerações práticas de que aquela quantia poderia representar imensa ajuda para indivíduos necessitados.



Por outro lado, McCandless possui uma natureza inquestionavelmente gentil – e seu interesse em ouvir o que os outros têm a dizer é algo admirável. Lamentavelmente, seu rancor desmedido pelo próprio passado (que soa como uma crise pequeno-burguesa diante dos problemas reais e gigantescos enfrentados por tantas outras pessoas) acaba tornando-o cego para o que há de bom em sua vida, transformando-o num jovem que leva tudo excessivamente a sério e contrastando-o, por exemplo, com o divertido malandro vivido de maneira carismática por Vince Vaughn. Esforçando-se para jamais criar raízes onde quer que seja (ele demonstra verdadeira aversão ao conceito de “lar”), Christopher acaba contrariando sua própria natureza, já que, embora demonstre curiosidade pelo que seus amigos dizem (como mencionado acima), ele ignora sistematicamente os conselhos que recebe, optando, em vez disso, por acreditar em seu próprio discurso imaturo sobre os “males da Sociedade”.

Pablo villaça


engraçado como um virginiano tem uma visão mais cética, ao ponto de distorcer um aquariano. é um problema ser excessivamente sério? porque vivemos em um mundo em que é melhor ser malandro? reveja seus pensamentos Pablo villaça.

Prefiro a biografia do wikípédia rs.
deixei a desejar em parte essa crítica. mas como dizem somos teimosos não é mesmo?
não somos teimosos, os outros que são burros demais.

2.5.08

a máscara (...)

sou um prisioneiro de quem sente
fujo da mesma face aonde muitos anos vivi



permaneço em um corpo amargurado e cansado
existo em dupla face.


um autor e o seu personagem (...)

1.5.08

crítica destrutiva e construtiva respectivamente.





O tão esperado filme desde 2007, chegou a nossa pequena aldeia, que
mais parecia um evento social, do que o próprio ato de "ir ao cinema"
lá encontravam-se jornalistas, estilistas, influentes do sistema cearense de música
pseudos, entendidos, não entendidos, uma chuva de "cultarada" assim desdenho uma crítica quase sempre amarga (falta do doce na vida) sobre as artificialidades dos aborígenas.
até ai tudo bem, talvez eu tenha que melhorar e compreender que essas coisas não existem somente aqui mas em qualquer lugar, mas o que me corrói é que o cinema de arte virou "moda" eu consegui encontrar numa sala de cinema quase 90% das pessoas influentes do cenário artístico, tudo bem os mesmos se dizem fãs dos beatles, talvez eles nem saibam qual o enredo do filme e do que ele se tratava, mas tendo beatles no meio o filme fica meio que "forçado a ser bom, para ser aceito no grupo"
é ai que venho com um outro olhar, um tanto quanto incompreendido.
acredito que fui enganada, posteriormente pelo o trailler que já havia visto em algumas idas minhas ao cinema, cuidado! o trailler é uma arma perigosa e pode ter a capacidade de discernimento de alguém bastante vulnerável, (é!) e fui vulnerável, mas não por muito tempo.
Across the Universe é um filme musical que têm em suas mãos, um material precioso, que se usado da maneira mais adequada, pode render muitos prêmios, elogios, lucros, etc. Obviamente a trilha sonora desse filme é uma genialidade infinitamente superior à de muitos outros dos seus concorrentes, senão a melhor. Um filme que tem uma das maiores bandas de todos os tempos como trilha sonora não pode contentar-se com pouca coisa. No entanto, o que vi em Across the Universe foi uma ótima maneira de desperdiçar um trabalho que poderia ter sido tão brilhante não fosse um roteiro fútil e sem graça. Me arrisco a dizer que se não fosse o filme, baseado na vida dos quatro meninos de Liverpool, o filme seria sim, um todo inútil e desprezível. Por outro lado, as adaptações e os arranjos do filme foram usados de maneira correta e bem interpretados, com excessão de I Wanna Hold Your Hand que é destruida por T.V. Carpio (Prudence) não por deméritos seus e sim pelo arranjo absurdo que foi feito. É o preço que se paga quando se quer fazer algo maior do que o costume, têm que, ao menos, manter a cabeça no lugar e se perguntar: "Estamos dispostos a fazer um filme que pode assim como nos premiar, também pode destruir-nos?". Um filme que não emociona, não toca, não conta uma boa história é salvo pela eterna música de John, Paul, George e Ringo. Desculpem-me os fãs - eu também sou uma - mas esse filme é uma bobagem, apenas um divertimento e que poderia ter sido lançado diretamente na Sessão da Tarde.

5,0


eis que surge o inesperado, a contra corrente está em maior número agora.
saldo final: 2 contra a multidão. salve salve pablo villaça.


para mais informações acessar:

http://www.cinemaemcena.com.br/Premiacao_Detalhe.aspx?ID_PREMIO=19&ID_PREMIACAO=895